quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Fique de olho!

Quando engravidamos o sentimento que temos de felicidade supera todos os medos de que a gravidez ou o bebê tenham algum problema. Mas certos cuidados não são encanação e conhecer ou estar a par sobre possíveis problemas pode ajudar na hora de um susto.
Assim como muitas mães, no momento em que descobri o Glaucoma Congênito do meu filho – aos 26 dias de nascido – fiquei sem chão e totalmente sem rumo. O médico que diagnosticou me passou o telefone de um grande especialista gaúcho, porém não me disse (ou eu não compreendi) o que exatamente era a doença.
E o maior erro que cometi foi correr para a internet, onde li tudo que podia e não podia sobre as possíveis conseqüências da doença. Sem saber separar as informações corretas das erradas.
Então, para que todos que visitarem esse blog entendam, não sou médica, mas com a experiência que tenho – de 4 anos de convivência com esse diagnóstico – posso afirmar que nem tudo que lemos na internet é a realidade. Porém, temos que ter cautela com o que lemos e retirar dos médicos que atendem nossos filhos, o máximo de informação possível.
Conforme o meu aprendizado, vou postando por aqui e hoje vou falar como prevenir algumas doenças e como reconhecer sintomas e situações que podem levar à cegueira.
Já no pré-natal o acompanhamento é capaz de evitar o comprometimento da visão do bebê. Algumas doenças, como a rubéola e a toxoplasmose podem causar cegueira e problemas neurológicos, então estar sempre em dia com os exames é essencial para não colocar em risco a saúde da criança que vai nascer.
O recém nascido enxerga bem pouquinho e a visão vai se desenvolvendo ao passar dos anos e as doenças oculares congênitas podem prejudicar totalmente este desenvolvimento.
O Teste do Olhinho não é obrigatório em todos os Estados, no Rio Grande do Sul a Lei n° 13.411/2010 – de autoria do deputado Paulo Brum (PSDB) - entrou em vigor em abril deste ano e orienta que todas as maternidades e serviços hospitalares devem realizar o procedimento que pode detectar doenças como retinoblastoma (um tipo de câncer ocular), catarata, glaucoma, infecções, traumas de parto e, até mesmo, cegueira.
O bebê em seus primeiros dias pode, por exemplo, apresentar vermelhidão nos olhos e lacrimejamento, esses sintomas podem caracterizar a obstrução do canal lacrimal. Se isso ocorrer, ele deve ser examinado por um oftalmologista para indicação do melhor tratamento.
Se ao nascer o bebê tiver uma mancha branca na pupila, os olhos grandes, ou ainda muita sensibilidade a luz (fotofobia) deve ser levado com urgência ao médico. Porque é a rapidez do tratamento que pode evitar um dano irreversível ao nervo óptico.

ENTENDA O GLAUCOMA:


O Glaucoma é causado por diferentes enfermidades que, na maioria dos casos, levam a um aumento da PIO (Pressão Intraocular). O aumento da pressão é causado por um bloqueio ao fluido no interior do olho. Com o tempo isto causa dano ao nervo óptico.
Sem termos médicos é como se o olho fosse uma pia, na qual a torneira e o ralo permanecem permanentemente abertos. A água da “pia ocular” chama-se Humor Aquoso e ele deve constantemente circular entre a lente e a íris, e após nutrir a córnea e a lente, flui para fora através de um tecido esponjoso e fino chamado malha trabecular, que seria o ralo no nosso olho.
Se esse ralo entope, o Humor Aquoso não consegue deixar o olho tão rapidamente quanto é produzido, causando um fluxo retrógrado. Mas como o olho é um compartimento fechado, a pia não transborda, e causa aumenta da pressão intraocular.
Mas existem alguns casos de glaucoma sem pressão alta... Mas isso fica para outro capítulo.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Conselho Brasileiro de Oftalmologia lança Programa de Conscientização

O número de crianças cegas chega atualmente a 1,4 milhão, e sabe-se que mais da metade das causas da cegueira infantil podem ser evitadas.
No Brasil as estatísticas comprovam que mais da metade das crianças diagnosticadas cegas poderiam ter sua visão salva pela prevenção. O alerta é do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) que está lançando o Programa de Incentivo à Educação do Paciente, com o objetivo de prevenir a cegueira e levar saúde ocular à toda a população brasileira. A consulta de rotina com o oftalmologista e a prevenção de algumas doenças são formas simples que contribuem para a diminuição dos casos da doença nesta fase da vida.
O Programa inclui também ações voltadas para o oftalmologista. Por isso a CBO está disponibilizando para esses profissionais um kit com material educativo e apresentações para realização de palestras. Há também duas cartilhas com informações sobre como evitar acidentes oculares mais comuns e sobre a importância dos cuidados com a visão nas diferentes fases da vida.
A prevenção da cegueira infantil é uma das cinco prioridades da iniciativa Global da Organização Mundial de Saúde/Agência Internacional de Prevenção da Cegueira (IAPB) “Programa Visão 2020 – pelo direito à visão”.
Na próxima postagem falaremos sobre quais medidas podem evitar a cegueira infantil.