Quando engravidamos o sentimento que temos de felicidade supera todos os medos de que a gravidez ou o bebê tenham algum problema. Mas certos cuidados não são encanação e conhecer ou estar a par sobre possíveis problemas pode ajudar na hora de um susto.
Assim como muitas mães, no momento em que descobri o Glaucoma Congênito do meu filho – aos 26 dias de nascido – fiquei sem chão e totalmente sem rumo. O médico que diagnosticou me passou o telefone de um grande especialista gaúcho, porém não me disse (ou eu não compreendi) o que exatamente era a doença.
E o maior erro que cometi foi correr para a internet, onde li tudo que podia e não podia sobre as possíveis conseqüências da doença. Sem saber separar as informações corretas das erradas.
Então, para que todos que visitarem esse blog entendam, não sou médica, mas com a experiência que tenho – de 4 anos de convivência com esse diagnóstico – posso afirmar que nem tudo que lemos na internet é a realidade. Porém, temos que ter cautela com o que lemos e retirar dos médicos que atendem nossos filhos, o máximo de informação possível.
Conforme o meu aprendizado, vou postando por aqui e hoje vou falar como prevenir algumas doenças e como reconhecer sintomas e situações que podem levar à cegueira.
Já no pré-natal o acompanhamento é capaz de evitar o comprometimento da visão do bebê. Algumas doenças, como a rubéola e a toxoplasmose podem causar cegueira e problemas neurológicos, então estar sempre em dia com os exames é essencial para não colocar em risco a saúde da criança que vai nascer.
O recém nascido enxerga bem pouquinho e a visão vai se desenvolvendo ao passar dos anos e as doenças oculares congênitas podem prejudicar totalmente este desenvolvimento.
O Teste do Olhinho não é obrigatório em todos os Estados, no Rio Grande do Sul a Lei n° 13.411/2010 – de autoria do deputado Paulo Brum (PSDB) - entrou em vigor em abril deste ano e orienta que todas as maternidades e serviços hospitalares devem realizar o procedimento que pode detectar doenças como retinoblastoma (um tipo de câncer ocular), catarata, glaucoma, infecções, traumas de parto e, até mesmo, cegueira.
O bebê em seus primeiros dias pode, por exemplo, apresentar vermelhidão nos olhos e lacrimejamento, esses sintomas podem caracterizar a obstrução do canal lacrimal. Se isso ocorrer, ele deve ser examinado por um oftalmologista para indicação do melhor tratamento.
Se ao nascer o bebê tiver uma mancha branca na pupila, os olhos grandes, ou ainda muita sensibilidade a luz (fotofobia) deve ser levado com urgência ao médico. Porque é a rapidez do tratamento que pode evitar um dano irreversível ao nervo óptico.
ENTENDA O GLAUCOMA:
O Glaucoma é causado por diferentes enfermidades que, na maioria dos casos, levam a um aumento da PIO (Pressão Intraocular). O aumento da pressão é causado por um bloqueio ao fluido no interior do olho. Com o tempo isto causa dano ao nervo óptico.
Sem termos médicos é como se o olho fosse uma pia, na qual a torneira e o ralo permanecem permanentemente abertos. A água da “pia ocular” chama-se Humor Aquoso e ele deve constantemente circular entre a lente e a íris, e após nutrir a córnea e a lente, flui para fora através de um tecido esponjoso e fino chamado malha trabecular, que seria o ralo no nosso olho.
Se esse ralo entope, o Humor Aquoso não consegue deixar o olho tão rapidamente quanto é produzido, causando um fluxo retrógrado. Mas como o olho é um compartimento fechado, a pia não transborda, e causa aumenta da pressão intraocular.
Mas existem alguns casos de glaucoma sem pressão alta... Mas isso fica para outro capítulo.