Controle da PIO: novo dispositivo chega ao Brasil.

Apesar da luta contra o Glaucoma parecer ter irrediavelmente o mesmo fim, as pesquisas e estudos mostram que há de se ter esperança no tratamento, e ter fé de que uma possível cura apareça de uma hora pra outra.

Em maio deste ano foi lançado no 14° Simpósio Internacional de Glaucoma, em Belo Horizonte (MG) um novo dispositivo de aço, que implantado no olho, controla a pressão ocular em pessoas que têm Glaucoma.

Aprovado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) no início de abril, o dispositivo já está em uso nos EUA desde 2003 e na Europa desde 1999. O que demonstra um atraso inaceitável nos avanços médicos aqui no Brasil.

As estimativas demonstram que no Brasil cerca de 1 milhão de brasileiros sejam portadores do glaucoma, em seus vários tipos. O momento mais propício para o aparecimento da doença é após os 40 anos, mas grupos de risco devem estar atentos ao problema, já que na maioria das vezes os sintomas só aparecem quando o glaucoma já está em estágio avançado.

Cirurgia

A cirurgia é feita com a implantação do dispositivo, entre a córnea e a esclera, sobre um orifício feito pelo cirurgião, por onde o líquido (humor aquoso) sai. Assim a pressão baixa.

Nas cirurgias feitas atualmente no Brasil, abre-se um orifício no mesmo local para que esse líquido possa “escapar”.

Segundo Paulo de Arruda Mello, presidente do Conselho Brasileiro de Oftalmologia, apesar do dispositivo parecer uma solução para o problema há que se ter cuidados. “Ainda é necessário fazer mais estudos para afirmar que ele traz mais benefícios do que a cirurgia convencional”, afirma.

A má notícia é que o valor do procedimento é bastante alto, só o dispositivo custa em média nos EUA US$ 1.200 (R$ 1956). O valor ainda não está estipulado no Brasil.

Agora é cruzar os dedinhos para que por aqui tenhamos um valor viável.

Glaucoma e Catarata - Oftalmologia Clinica e Cirurgica

O glaucoma é uma doença de caráter hereditário, e por isso em famílias de portadores de glaucoma há a necessidade que todos façam exames preventivos.

O risco do aparecimento da doença é maior após os 40 anos de idade, em indivíduos da raça negra, em indivíduos míopes que usam lentes acima de seis graus, diabéticose e pacientes que tiveram trauma ocular ou doenças intraoculares.

Abaixo um vídeo bastante explicativo em que o Dr. Carlos Akira Omi (um dos maiores especialistas de glaucoma no país) comenta sobre a doença, a produção é do IPOE (Instituto Paulista de Oftalmologia Especializada).

Colírio e seu uso estético

Foto Divulgação

A mulherada está sempre atrás de soluções para os “problemas” estéticos e, rapidamente descobriu que o princípio ativo, bimatoprosta, que é usado em um colírio contra o glaucoma, tem o poder de aumentar os cílios.

A fabricante da droga, a Allergan, alterou então sua apresentação para uso cosmético. O produto, que chega às farmácias no dia 11, é aplicado facilmente, assim como se aplica um delineador. O tratamento, porém não é barato, a embalagem para 50 dias custa R$ 156 e vem com cem pincéis descartáveis (um para cada olho).

Os usuários do colírio relataram alguns efeitos colaterais, como: escurecimento das pálpebras e da íris (no caso de pacientes com olhos azuis). No caso da íris, o efeito foi irreversível.

Mesmo sendo aparentemente um produto estético, a novidade precisa de cuidados e por isso de prescrição médica.